Análise do conteúdo de biotecnologia em livros didáticos do PNLD 2021 e sua contribuição para uma alfabetização científica

Elayne Cristina Ramos Vilanova; Felipe Costa Lemos; Pedro Lemos de Almeida Júnior

doi:10.31416/rsdv.v13i3.1158

Autores

Elayne Cristina Ramos Vilanova Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Felipe Costa Lemos Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Pedro Lemos de Almeida Júnior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE)

DOI:

https://doi.org/10.31416/rsdv.v13i3.1158

Palavras-chave:

Biotecnologia, Ciências da natureza, Ensino médio, Indicadores de alfabetização científica, Livro didático.

Resumo

A biotecnologia é um campo em ascensão, com um vasto conhecimento científico aplicável em diferentes setores. Contudo, as informações provindas dessa área, por muitas vezes, são apresentadas superficialmente pela mídia, o que reforça a importância da sua divulgação nos meios acadêmicos. Desse modo, objetivou-se investigar à luz de diferentes abordagens e sob uma ótica da Alfabetização Científica, como os conteúdos relacionados a biotecnologia são abordados em livros didáticos de Ciências da Natureza do ensino médio. Para conduzir esta pesquisa, foram analisados sete livros (LD1-7) aprovados pelo PNLD 2021, considerando critérios de abordagem teórica, metodológica, visual, complementar e ética, e sua relação com os Indicadores da Alfabetização Científica (IAC). Todos os livros analisados apresentaram algum tipo de lacuna, especialmente na adequação e contextualização (LD2-LD3) e na conexão com o cotidiano (LD1-LD4). A linguagem científica mostrou-se acessível em todos os livros, e a presença de atividades/exercícios e incentivo a pesquisa foi notada na maioria. Os recursos visuais variaram, com o LD1 e LD3 apresentando figuras claras e contextualizadas, enquanto o LD2 e LD5 se mostraram escassos. O LD3 careceu de recursos complementares, já o LD5 se mostrou mais completo. Por fim, todos os livros discutiram aplicações éticas e impactos da biotecnologia e quanto aos IAC os livros propiciaram a ocorrência de pelo menos quatro dos oito indicadores descritos. Embora tenham sido identificadas inconsistências nos livros analisados, preencher essas lacunas pode fortalecer a compreensão e o interesse dos alunos pela biotecnologia e garantir uma abordagem mais completa e direcionada à Alfabetização Científica.

Biografia do Autor

Elayne Cristina Ramos Vilanova, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí (2022). Especialização em Ciências da natureza, suas tecnologias e o mundo do trabalho pela Universidade Federal do Piauí (2022) e em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano (2024). Atualmente é mestranda pelo programa de pós-graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco.

Felipe Costa Lemos, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Doutorando em Química pela UFRPE (SEDE). Mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde desenvolveu um projeto de pesquisa intitulado EXPOSIÇÃO DENGUE: INVESTIGANDO AS APRENDIZAGENS MOBILIZADAS EM MUSEU DE CIÊNCIA, sob a orientação da professora Dr. Helaine Sivini Ferreira. É graduado em Licenciatura Plena em Química pela UFRPE (Unidade Acadêmica de Serra Talhada) havendo apresentado uma monografia intitulada A ABORDAGEM DA ALOTROPIA POR MEIO DE UM PROJETO DE ENSINO DE QUÍMICA no início de 2013. Faz parte do Grupo de pesquisa Museus, pesquisa e investigação - MuPI desde dezembro de 2019.

Pedro Lemos de Almeida Júnior, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE)

Professor de Química Analítica e Ambiental na UAST/UFRPE. Doutor em Química, pela Universidade Federal da Paraíba. Licenciado em Química, pela UFRPE, e mestre em Química pela mesma universidade, tendo realizado parte do mestrado na Universidade de Coimbra (Portugal). Sou membro do Laboratório de Química Analítica, LAQA, na UFPB, atuo na área de Instrumentação e Automação em Química Analítica, além de ser um entusiasta e divulgador científico, principalmente no que diz respeito a experimentação e Cultura Maker em sala de aula. Estou presidente do Grupo de Estudos Ambientais no Sertão Pernambucano (GEASP) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Educacionais Tecnológicas(GEPET) vinculados ao Instituto Federal do Sertão Pernambucano. Participei da fundação e coordenei o LabMaker do IFSertãoPE, espaço que se fundamenta em princípios da cultura maker e aprendizagem prática, para incentivar a criatividade, a experimentação, a inovação e o desenvolvimento de projetos inovadores.

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