A docência em contexto pandêmico e os impactos na subjetividade
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https://doi.org/10.31416/rsdv.v12i2.1062Palavras-chave:
Criação, Profissão docente, Ensino remoto emergencial, SujeitosResumo
O Ensino Remoto Emergencial (ERE) surgiu como resposta à pandemia de COVID-19, que forçou uma mudança abrupta do ensino presencial para o remoto. Este estudo teve como objetivo compreender as estratégias dos professores para lidar com o ERE e refletir sobre o impacto dessa transição no ensino-aprendizagem. A pergunta orientadora foi: quais são os impactos na condição prática pedagógica e subjetiva dos professores diante do desafio imposto pelo ERE? Para responder a essa questão, fizemos uma revisão bibliográfica abrangente, analisando 21 artigos selecionados de um total de 60, com foco em "práticas pedagógicas no ensino remoto". As fontes consultadas incluem Scielo, Portal da Capes, Google Acadêmico e Academia.edu. Os artigos foram categorizados em três grupos: ERE na educação básica, ERE no ensino superior e ERE em geral. O foco deste artigo é apresentar os achados da terceira categoria, juntamente com a análise dos fichamentos textuais e a leitura das obras dos teóricos referenciados. A análise do estudo utilizou uma abordagem pós-estruturalista, com base nos trabalhos de Deleuze (1987), Guattari (2012) e Corazza (2013), para investigar como a prática docente foi impactada por essa transição emergencial. Os resultados indicaram que, além dos desafios técnicos e pedagógicos, a dimensão subjetiva dos professores foi significativamente afetada. O ERE provocou mudanças na autoimagem dos docentes e na compreensão do seu papel como profissionais do ensino. Entre as estratégias utilizadas pelos professores, destacam-se a adaptação de materiais didáticos, a aprendizagem de novas tecnologias e a busca por apoio psicossocial.
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